terça-feira, 25 de agosto de 2009

Home Sweet Home








Hoje resolvi escrever para vos falar destes dois cães fantásticos: a Tucha (preta) e o Salsicha (dourado), que habitam em Valadares, numa zona que aqui se chama de Penedo.
São cães de rua, que recebem alimento e carinho dos moradores da zona, dos quais receberam também os nomes pelos quais toda a gente os conhece.
São muito amistosos e quando alguém se aproxima um pouco mais deles, abanam as suas caudas á procura de uma festa.
Já lhes colocaram no sitio onde costumam dormir umas mantas para que se possam aquecer nas estações mais frias.
Comportam-se como irmãos. Acho que até nunca houveram avanços amorosos por parte do Salsicha, porque a Tucha nunca engravidou, o que, na minha opinião, se deve ao facto de talvez a Tucha ser castrada ou de o Salsicha não ter estatura física para tal.
Quem passar algum tempo a observá-los, delicia-se com as brincadeiras entre ambos, ou com a coragem com que defendem, em conjunto, o seu território de outros cães invasores.
Têm comida, têm água, têm um sitio para dormir e pessoas que lhes fazem festas. E, mais importante ainda, têm a companhia um do outro.
Nunca ninguém quis adoptá-los. E nunca ninguém deveria fazê-lo. Eles estão bem como estão.
Aqui fica uma homenagem á Tucha e ao Salsicha.
Cães que nunca deveriam ser adoptados e jamais deveriam ser separados.
Cães que me ensinaram que, para um animal ser feliz, não tem necessariamente de viver no interior de uma casa.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Gostar de estudar

Hoje pus-me a pensar, enquanto estava a preparar-me para um exame que vou ter esta semana na quinta-feira, na quantidade de esforço e de dedicação necessárias para se ter sucesso na vida académica. Como será possivel compensar tanto tempo dispendido? Como compensar os amigos pela recusa de convites para sair? Como compensar a pessoa que amo pela falta de tempo para lhe dedicar? Será que realmente vale a pena dispender tanto tempo no estudo, retirando tempo para outras coisas? De facto, a conclusão a que chego é: se se gostar muito, mas mesmo muito, do curso em que se está, e se se achar que, além de um emprego, que esse curso nos está a trazer crescimento interior, sim, vale a pena.
Se soubermos estabelecer objectivos, e soubermos gerir o nosso tempo, podemos sair uma vez ou outra com os amigos, e dedicar á pessoa amada o tempo que ela merece. Não será tanto tempo como se estivéssemos de férias, mas o que importa não é a quantidade, mas sim a qualidade.
Não estou de acordo com o "estabelecer prioridades". Não se trata de prioridades, nem é disso que estamos a falar. Não tem de ser uma coisa em vez da outra.
Um curso exige muito esforço, e não só da parte de quem trabalha para ele, mas também das pessoas que gostam dessa pessoa.
Para as pessoas que estão a estudar como eu, aqui fica a minha sugestão: esforcem-se, estabelecam objectivos e façam a gestão do vosso tempo de forma a poderem estar com quem vocês gostam. Tenham força, já não falta muito para terminar a época de exames.

domingo, 31 de maio de 2009

Gatos para adoptar

Como amante dos animais que sou, principalmente de gatos, quero aproveitar este espaço para divulgar fotos destes lindos gatinhos que não têm dono. Neste momento, estão a viver temporariamente em casa da minha avó, até encontrarem um dono que goste deles e os trate bem. Se não arranjarem donos, terão de permanecer em casa dela. Mas o ideal será arranjar uma nova casa para eles, porque a minha avó não pode ficar com todos eles.






Este é o Silvestre, um gato adulto que adora brincar.










Este é o Tareco, um gato adulto muito simpático e que adora mimos.
















E estes são os nossos gatinhos bebés, dois machos.






























Se quiserem adoptar algum destes gatinhos, por favor contactem-me para o meu email music.and.romance@gmail.com.
Mesmo que não possam adoptar nenhum gatinho, podem ajudar, contribuindo com latas de comida, ração, mantas ou desparasitante em pipetas. Qualquer ajuda é necessária.
Obrigado, e já sabem, contactem para algum esclarecimento.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Regresso ás origens

Noutro dia, li um artigo numa revista que falava no regresso ás nossas origens. Não no sentido de voltarmos a ser o "homem das cavernas", mas no sentido de deixarmos de ter todos os bens materiais que temos hoje, mantendo a mesma mentalidade actual.
O artigo fez-me pensar bastante até que ponto conseguiríamos nós manter-nos assim. Como seria viver sem os pequenos luxos a que já nos habituamos como sendo "bens essenciais"? Ou talvez fazendo a pergunta de outra maneira, seriam tão essenciais assim?
Imaginem-se a viver sem computadores, televisões, jogos de video, telemóveis... E, dificultando mais a situação, imaginem-se a viver sem gel de banho, roupa, fogão, cama... Melhor, imaginem-se a viver sem dinheiro e sem tudo aquilo que o dinheiro pode comprar.
Mas e, se de facto, ficassemos sem essas "coisas"? Se voltassemos a viver o tempo em que não haviam esses pequenos luxos, mas mantendo vivas na nossa memória todas as experiências que vivemos com essas mesmas "coisas"? Se o conhecimento não fosse mais os livros, e apenas restasse aquilo que as pessoas aprenderam e guardaram na memória? Se a diversão deixasse de ser televisão e jogos de video e passasse a ser um grupo de pessoas juntas a rir ás gargalhadas? Se as conversas a longas distâncias deixassem de ser por telemóvel e as pessoas tivessem que se encontrar sempre que quisessem falar? Há aqui uma palavra que se repete: pessoas. As pessoas passariam a ser o centro de tudo, lugar esse que os objectos têm agora na nossa sociedade. E a verdade é que os objectos ocupam hoje em dia lugares que deveriam ser ocupados por pessoas. As televisões ligadas ás refeições ocupam aquilo que deveriam ser os diálogos entre família. Os telemóveis servem muitas vezes de pretexto para se dizer aquilo que não se tem coragem de dizer pessoalmente. Dizemos facilmente "preciso de um computador novo", porque a ideia de ter mais objectos significa para nós mais poder, mas é tão difícil dizermos "preciso de ti". Porque admitir que se precisa de alguém é vista como um sinal de fraqueza. Se ficassemos sem as "coisas" e tivéssemos que nos centrar nas pessoas, será que conseguiriamos? Deixaríamos nós que as pessoas ocupassem lugares na nossa vida que outrora estiveram ocupados por "coisas"?
Supondo que as respostas até aqui foram positivas. Mas seriamos felizes assim? Não sentiriamos falta de alguma "coisa"? Eu acho que sim. Das coisas básicas como um gel de banho ou roupa para vestir acho k todos precisariamos. Mas tenho a certeza de que muita gente não sentiria falta do telemóvel nem do computador. Nem da televisão, nem da maquilhagem, dos sapatos caros ou dos jogos de video. Talvez a primeira reacção de perder tudo seja assustadora, mas muitas pessoas ficariam aliviadas. Até porque, na verdade, não tinhamos perdido tudo. Tinhamos as pessoas.
Pensem bem no tempo que teríamos para dedicar ás relações familiares, amorosas, entre amigos... Aproveitar para conhecer melhor os conhecidos. E os desconhecidos... Dar oportunidade ás outras pessoas de se darem a conhecer a nós. Porque quando estamos com as pessoas de quem gostamos, sabemos que, naquele momento, não precisamos de mais nada para sermos felizes.